The River of Consciousness

The River of Consciousness

  • Downloads:3086
  • Type:Epub+TxT+PDF+Mobi
  • Create Date:2021-05-02 07:52:12
  • Update Date:2025-09-07
  • Status:finish
  • Author:Oliver Sacks
  • ISBN:1447263650
  • Environment:PC/Android/iPhone/iPad/Kindle

Download

Reviews

Igor Montenegro

"A botânica não era mera distração ou passatempo para Darwin, como era para tantos vitorianos; ele sempre infundia um propósito teórico em seu estudo das plantas, e esse propósito estava relacionado à evolução e seleção natural。 Como escreveu seu filho Francis, era 'como se ele fosse dotado de um poder teorizador pronto a fluir para qualquer canal à menor perturbação, de modo que nenhum faot, por menor que fosse, podia furtar-se a liberar uma torrente de teoria'。 E o fluxo era de mão dupla: o pr "A botânica não era mera distração ou passatempo para Darwin, como era para tantos vitorianos; ele sempre infundia um propósito teórico em seu estudo das plantas, e esse propósito estava relacionado à evolução e seleção natural。 Como escreveu seu filho Francis, era 'como se ele fosse dotado de um poder teorizador pronto a fluir para qualquer canal à menor perturbação, de modo que nenhum faot, por menor que fosse, podia furtar-se a liberar uma torrente de teoria'。 E o fluxo era de mão dupla: o próprio Darwin muitas vezes disse que 'ninguém pode ser um bom observador se não for um teorizador laborioso'。" "Embora a maioria das flores do jardim fosse perfumada e colorida, também tínhamos duas árvores de magnólia, com flores enormes, mas pálidas e sem fragrância。 Quando maduras, aquelas flores se enchiam de insetos minúsculos, besourinhos。 Minha mãe me explicou que as magnólias eram plantas floríferas antiquíssimas, que haviam surgido quase 100 milhões de anos atrás, numa época em que os insetos 'modernos', como as abelhas, ainda não tinham evoluído; por isso, para a polinização elas dependiam de um inseto mais antigo, um besouro。 As abelhas e borboletas, as flores coloridas e perfumadas, não tinham sido encomendadas, não estavam à espera nos bastidores e poderiam nunca ter surgido。 Iriam desenvolver-se juntas, em estágios infinitesimais, no decorrer de milhões de anos。 Fiquei assombrado com essa ideia de um mundo sem abelhas e borboletas, sem perfume nem cor。 Era inebriante pensar em espaços de tempo tão colossais - e no poder que mudanças minúsculas e sem direção tinham de se acumular e gerar novos mundos, mundos de riqueza e variedade imensas。 Para muitos de nós, a teoria evolucionária trazia um sentimento de significado e satisfação profundo que a crença em um plano divino nunca proporcionara。 O mundo que se apresentava aos nossos olhos tornava-se uma superfície transparente através da qual podíamos ver toda a história da vida。 A ideia de que ele poderia ter resultado em coisa diferente, de que dinossauros ainda poderiam nunca ter surgido pela evolução era estonteante。 Fazia a vida parecer ainda mais preciosa, uma aventura maravilhosa e incessante ('um glorioso acidente', nas palavras de Stepehn Jay Gould) - não fixa ou predeterminada, mas sempre suscetível a mudança e novas experiências。" [Darwin e o significado das flores。 página 14; páginas 25-26] "Muitos dizem que o tempo parece que passa mais depressa, os anos voam, conforme se fica mais velho - ou porque quando se é jovem os dias são cheios de novidades, impressões emocionantes, ou porque, à medida que a pessoa envelhece, um ano passa a ser uma fração cada vez menor de sua vida。 No entanto, se os anos parecem passar mais depressa, as horas e os minutos sempre foram iguais。 Ou pelo menos assim me parece (agora que sou um septuagenário), embora experimentos tenham demonstrado que, enquanto jovens conseguem estimar com precisão notável um período de três minutos contando internamente, indivíduos mais velhos parecem contar mais devagar, por isso seus três minutos percebidos são mais próximos dos três minutos e meio a quatro minutos do relógio。 Não está claro, contudo, se esse fenômeno teria alguma relação com o sentimento existencial ou psicológico de que o tempo passa mais depressa conforme envelhecemos。 As horas e os minutos ainda me parecem torturantemente longos quando estou entediado e muito curtos quando estou ocupado。 Na infância eu detestava ir à escola e ser forçado a ouvir passivamente a toada monótona dos professores。 Quando eu olhava discretamente para o relógio, contando os minutos para a libertação, o ponteiro dos minutos, e até o dos segundos, parecia mover-se com uma lentidão infinita。 Em situações assim, a consciência do tempo é exagerada; na verdade, quando sentimos tédio, pode não haver consciência de mais nada exceto do tempo。 Em contraste, eu tinha as delícias de meus experimentos e reflexões no pequeno laboratório químico que montei em casa, onde, no fim de semana, eu podia passar um dia inteiro feliz e absorto em uma atividade。 Nessas ocasiões eu não tinha a menor consciência do tempo até começar a sentir dificuldade para enxergar o que estava fazendo e perceber que tinha anoitecido。 Anos depois, quando li o que Hannah Arendt escreveu (em A vida do espírito) sobre 'uma região atemporal, uma presença eterna em total quietude, inteiramente fora dos relógios e calendários [。。。], a quietude do Agora na existência humana pressionada e sacudida pelo tempo。 [。。。] Esse pequeno espaço sem tempo no próprio cerne do tempo', eu sabia exatamente do que ela estava falando。" [Velocidade。 páginas 32-33] "Para William James, os afastamentos mais notáveis do 'tempo normal' eram proporcionados pelos efeitos de certas drogas。 Ele experimentou várias, desde o óxido nitroso até o peiote, e, em seu capítulo sobre a percepção do tempo, referiu-se ao haxixe imediatamente após uma reflexão sobre Von Baer: 'Na intoxicação por haxixe, ocorre um curioso aumento na perspectiva temporal aparente。 Dizemos uma frase e, antes que ela chegue ao fim, o começo já parece datar de um passado indefinidamente remoto。 Entramos em uma rua curta, e é como se nunca mais fôssemos chegar ao fim dela'。 As observações de James são um eco quase exato das que Jacques-Joseph Moreau fizera cinquenta anos antes。 O médico Moreau foi um dos pioneiros da moda do haxixe em Paris nos anos 1840 - ele era membro, junto com Gautier, Baudelaire, Balzac e outros intelectuais e artistas, do Le Club des Hachichins。 Moreau escreveu: 'Uma noite, eu andava pela passarela coberta da Place de l'Ópera quando me surpreendi com a demora para chegar ao outro lado。 Eu dera alguns passos, no máximo, mas me pareceu que eu tinha estado ali por duas ou três horas。 [。。。] Apressei o passo, mas o tempo não passou mais depressa。 [。。。] Tive a impressão [。。。] de que a passarela era infinitamente longa e que a saída na direção da qual eu andava recuava ao longe na mesma proporção da velocidade do meu andar。' Paralelamente à sensação de que algumas palavras, alguns passos demoram um tempo absurdo, pode ocorrer a sensação de um mundo intensamente desacelerado, ou até suspenso。 Louis J。 West, citado no livro Psychotomimetic Drugs, de 1970 (organizado por Daniel Efron), contou uma piada: 'Dois hippies estavam sentados no parque Golden Gate, muito chapados。 Um avião a jato passa no céu e desaparece; um hippie vira para o outro e diz: 'Cara, pensei que ele nunca mais iria embora!''。 No entanto, embora o mundo exterior pareça desacelerado, um mundo interior de imagens e pensamentos pode decolar a alta velocidade。 A pessoa pode embarcar em uma elaborada viagem mental, visitar vários países e culturas, compor um livro ou uma sinfonia, viver uma vida inteira ou toda uma época da história e, por fim, ver que decorreram apenas alguns minutos ou segundos。 Gautier descreve como ele entrou em um transe provocado por haxixe no qual 'as sensações vinham umas atrás das outras, tão numerosas e apressadas que era impossível avaliar verdadeiramente o tempo'。 Subjetivamente, pareceu-lhe que aquele intervalo era de 'trezentos anos', mas, ao despertar, ele descobriu que não se passara mais do que um quarto de hora。 A palavra 'despertar' pode ser mais do que uma figura de retórica nesse caso, pois esses tipos de 'viagem' com certeza já foram comparados a sonhos ou experiências de quase morte。 Eu mesmo já tive algumas vezes a impressão de ter vivido uma vida inteira entre o primeiro toque do despertador, às cinco horas, e o segundo, cinco minutos mais tarde。" [Velocidade。 página 36-37]"Minha falsa experiência de bombardeio foi bem parecida com a verdadeira, e facilmente poderia ter sido uma experiência pessoal se eu estivesse em casa na ocasião。 Eu podia imaginar cada detalhe do jardim que conhecia tão bem。 Se não fosse assim, talvez a descrição na carta do meu irmão não me afetasse tanto。 Porém, como eu podia facilmente me imaginar ali, e imaginar também os sentimentos que acompanhariam a situação, admiti a experiência como sendo minha。Todos nós transferimos experiências em algum grau, e às vezes não sabemos bem se uma experiência foi algo que nos contaram ou se lemos a respeito dela, ou se foi alguma coisa que nos aconteceu de verdade。 [。。。] Contudo, é espantoso perceber que algumas das nossas memórias mais queridas podem nunca ter acontecido - ou ter acontecido com outra pessoa。Desconfio que muitos dos meus entusiasmos e impulsos, que parecem ser apenas meus, possam ter surgido de sugestões de terceiros que acabaram por me influenciar fortemente, de modo consciente ou inconsciente, e então foram esquecidas。[。。。] Revejo meus velhos cadernos de anotações e descubro que muitos dos pensamentos que escrevi neles ficam esquecidos por anos e depois são revividos e reformulados como se fossem novos。 Desconfio que esses esquecimentos ocorrem para todo mundo e que podem ser especialmente comuns para quem escreve, pinta ou compõe, pois a criatividade talvez requeira esquecimentos assim, para que as memórias e ideias da pessoa sejam novamente trazidas à luz e vistas em novos contextos e perspectivas。[。。。] Talvez o termo 'criptomnésia' precise se tornar mais conhecido, pois, embora seja possível falar em 'plágio inconsciente', a própria palavra 'plágio' tem uma carga moral tão grande, encerra tamanha sugestão de crime e logro, que conserva o veneno mesmo que seja inconsciente。[。。。] Essa subjetividade é embutida na própria natureza da memória e decorre de sua base e dos mecanismos que possuímos no cérebro。 O espantoso é que aberrações muito gritantes sejam relativamente raras e que a maior parte das nossas memórias seja sólida e confiável。[。。。] A indiferença a fontes nos permite assimilar o que lemos, o que nos dizem, o que outros falam, pensam, escrevem e pintam, de um modo tão intenso e rico como se fossem experiências primárias。 Permite-nos ver e ouvir com outros olhos e ouvidos, entrar em outras mentes, assimilar a arte, a ciência, a religião da cultura como um todo, entrar na mente comum e contribuir para ela: uma comunidade geral de conhecimento。 A memória surge não só da experiência, mas também da interação de muitas mentes。" [A falibilidade da memória。 páginas 81-82-83; página 92]"É uma aposta, como devem ser todos os projetos criativos, pois nem toda nova direção acaba sendo produtiva。A criatividade envolve não só anos de preparação e treinamento conscientes, mas também de preparação inconsciente。 Esse período de incubação é essencial para permitir que o subconsciente assimile e incorpore as influências e fontes, que as reorganize e as sintetize em algo pessoal。[。。。] Todos nós, em algum grau, fazemos empréstimos de terceiros, da cultura à nossa volta。 As ideias estão no ar, e nos apropriamos, muitas vezes sem perceber, de frases e da linguagem da época。 A própria língua é emprestada: não a inventamos。 Nós a descobrimos, crescemos nela, ainda que possamos usá-la, interpretá-la de modos muito individuais。 O que está em questão não é 'emprestar' ou 'imitar', ser 'derivado', ser 'influenciado', e sim o que se faz com aquilo que é tomado de empréstimo ou derivado, a profundidade em que a pessoa assimila, absorve, combina com suas próprias experiências, pensamentos e sentimentos, situa em relação a si mesma e expressa de um novo modo, o seu modo particular。[。。。] Parecia claro, como Poincaré escreveu, que tinha de existir uma atividade inconsciente (ou subconsciente, ou pré-consciente) ativa e intensa durante o período em que um problema se perde para o pensamento consciente e a mente está vazia ou distraída com outras coisas。 Não se trata do inconsciente dinâmico ou 'freudiano', fervilhante de medos e desejos reprimidos, nem do inconsciente 'cognitivo', que nos permite dirigir um carro ou proferir uma sentença gramaticalmente correta sem uma ideia consciente de como fazê-lo。 Trata-se da incubação de problemas imensamente complexos por um eu criativo inteiramente oculto。" [O eu criativo。 páginas 106-107-108]"Teriam James e Bergson intuído uma verdade quando compararam a percepção visual - e até o próprio fluxo da consciência - a mecanismos como o zootrópio e as câmeras de cinema? Será que o olho/cérebro realmente 'bate fotos' perceptuais e, de algum modo, as combina para gerar uma impressão de continuidade e movimento? Na época deles, não surgiu nenhuma resposta clara。[。。。] Parecia que o fluxo normal de consciência podia não só ser fragmentado, dividido em pedacinhos como uma série de fotografias, mas também ser suspenso intermitentemente, durante horas seguidas。 Para mim, isso era ainda mais intrigante e misterioso do que a visão cinematográfica, pois desde o tempo de William James aceitava-se quase como um axioma que a consciência, em sua própria natureza, está sempre em mudança, sempre em fluxo。 Agora, minha experiência clínica não podia deixar de duvidar até disso。" [O rio da consciência。 páginas 122; 125]"O escotoma, surpreendentemente comum em todas as áreas da ciência, envolve mais do que prematuridade: ele envolve a perda de conhecimento, o esquecimento de descobertas que um dia pareceram claramente estabelecidas e, às vezes, a regressão a explicações menos perceptivas。 O que torna uma observação ou uma nova ideia aceitável, memorável, digna de debate? O que pode impedir que ela seja tudo isso, apesar de sua clara importância e valor?[。。。] Helmholtz, em suas memórias 'On Thought in Medicine', também usou a imagem da escalada de uma montanha (ele era apaixonado por alpinismo), e descreveu a subida como um processo nem um pouco linear。 Não se pode ver antecipadamente como escalar uma montanha, ele escreveu; ela só pode ser escalada por tentativa e erro。 O montanhista intelectual começa errado, entra em becos sem saída, vê-se em posições insustentáveis e muitas vezes tem de recuar, descer e começar de novo。 Devagar, com dificuldade, erros e correções incontáveis, ele sobe ziguezagueante a montanha。 Só quando chega ao cume ele verá que, na verdade, existia uma rota direta, uma 'estrada real' para o topo。 Quando apresenta suas ideias, ele conduz seus leitores por essa estrada real, mas ela não se parece com os processos arrevezados e tortuosos pelos quais ele construiu seu caminho, Helmholtz explicou。" [Escotoma: esquecimento e negligência na ciência。 páginas 150; 154-155] 。。。more

Sabrina Burton

"The last book he [Oliver Sacks] would oversee" I am fortunate enough that this is only the 2nd book by Oliver Sacks that I have read and I still have many more books of his that I can enjoy! By no means is this the last time I will read this book, his broad interest and grasp of various scientific concepts is fascinating。 In this book you look at the Neurologist Freud, evolution, botany, chemistry and so much more。 The sheer joy that comes from this book makes it an amazing read and a gripping "The last book he [Oliver Sacks] would oversee" I am fortunate enough that this is only the 2nd book by Oliver Sacks that I have read and I still have many more books of his that I can enjoy! By no means is this the last time I will read this book, his broad interest and grasp of various scientific concepts is fascinating。 In this book you look at the Neurologist Freud, evolution, botany, chemistry and so much more。 The sheer joy that comes from this book makes it an amazing read and a gripping non-fiction book on a journey to what makes us human。 。。。more

Audio Athena

Audiobook duration: 5 hours 56 minutesNarrator: Dan WorenThis was an interesting set of essays from Sacks that cover his scientific influences, as well as some of the neurological topics of his career。 What I found most interesting was hearing about his post encephalitic patients and their experience of time。 His constant wonder at science was evident and contagious and by the end of the audiobook I was left pondering time travel by the neuroatypical (is that the right way to say non-neurotypica Audiobook duration: 5 hours 56 minutesNarrator: Dan WorenThis was an interesting set of essays from Sacks that cover his scientific influences, as well as some of the neurological topics of his career。 What I found most interesting was hearing about his post encephalitic patients and their experience of time。 His constant wonder at science was evident and contagious and by the end of the audiobook I was left pondering time travel by the neuroatypical (is that the right way to say non-neurotypical these days?) since in the end everything is relative to the observer。 。。。more

Alexandru

A great read for someone who wants to jump back and forth with insights about different domains of science。 But, most importantly from my perspective, it's a good introduction for the irresistible style of Oliver Sacks。 A great read for someone who wants to jump back and forth with insights about different domains of science。 But, most importantly from my perspective, it's a good introduction for the irresistible style of Oliver Sacks。 。。。more

diem。dedalus

La storia delle idee è costellata di temi e questioni di fondo irrisolte。 Che cos’è la coscienza? E la mente? Che significato possiede l’evoluzione? Qual è l’origine della vita stessa? Sono alcune delle domande a cui prova a rispondere Oliver Sacks ne Il fiume della coscienza (Adelphi 2018, traduzione di Isabella C。 Blum), opera testamento del neurologo britannico, curata dagli allievi Kate Edgar, Daniel Frank e Bill Hayes。Acuto osservatore della realtà come Charles Darwin, il primo saggio è ded La storia delle idee è costellata di temi e questioni di fondo irrisolte。 Che cos’è la coscienza? E la mente? Che significato possiede l’evoluzione? Qual è l’origine della vita stessa? Sono alcune delle domande a cui prova a rispondere Oliver Sacks ne Il fiume della coscienza (Adelphi 2018, traduzione di Isabella C。 Blum), opera testamento del neurologo britannico, curata dagli allievi Kate Edgar, Daniel Frank e Bill Hayes。Acuto osservatore della realtà come Charles Darwin, il primo saggio è dedicato proprio allo scienziato inglese e ai suoi scritti botanici, con particolare riguardo allo studio delle piante e al «significato dei fiori»。 La selezione naturale non è un fenomeno circoscritto agli esseri umani o agli animali, ma riguarda anche le piante, e proprio dalla loro analisi, Darwin, trovò le prove più robuste per la dimostrazione della sua tesi: «siamo tutti imparentati gli uni con gli altri»。Affermazione che va estesa non più soltanto alle scimmie antropomorfe, ma anche alle piante: «oggi sappiamo che piante e animali condividono il settanta per cento del loro DNA»。William James è il secondo grande riferimento che incontriamo nel volume, in particolare nel saggio Velocità dedicato alla percezione del tempo, dove vengono anticipati alcuni dei grandi temi che fanno da collante all’intera opera, come il flusso cosciente della percezione e la sua analogia con il cinema。 La continuità delle nostre percezioni è data da una serie di «istanti discreti, come i fotogrammi di una pellicola, che vengono poi fusi, dando così una parvenza di continuità»。Sigmund Freud, terzo autore di riferimento dell’autore, è raccontato nelle sue vesti di neurologo, infatti non tutti sanno che il noto psicanalista incominciò la sua attività di ricerca studiando il sistema nervoso di un pesce primitivo chiamato Petromyzon, studi che saranno propedeutici a scoperte più importanti relativi ai sistemi nervosi più complessi。Come in un altro classico dell’autore, penso a L’uomo che scambiò sua moglie per un cappello (Adelphi, 1986), i cui rimandi nell’ultima opera sono molteplici, Sacks chiama in causa un numero di esempi relativi ai casi dei suoi pazienti molto utili per comprendere la fallibilità della memoria, come nel caso del «marinaio perduto», funzionali alla costruzione di una visione che riequilibri la fragilità della memoria umana con la sua flessibilità e la sua creatività。I rimandi letterari nel saggio dedicato al tema riguardano alcuni scrittori importanti come Samuel Taylor Coleridge, accusato di essere un «cleptomane letterario»; Mark Twain, il quale riprodusse, in maniera identica, una dedica apparsa precedentemente in un’opera di Oliver Wendell Holmes; Helen Keller, autrice di The Frost King, libro riscritto quasi tale e quale a The Frost Fairies di Margaret Canby。 Tutti gli autori qui chiamati in causa sono esempi illustri di una patologia chiamata «criptomnesia», una forma inconsapevole di plagio。La potenza della fantasia è situata proprio in questa possibilità, come ci insegna la letteratura, di entrare nelle menti altrui, «per attingere alla cultura nella sua totalità»。Come scrive Mario Vargas Llosa in Elogio della lettura e della finzione (Einaudi, 2011), riproduzione del discorso tenuto per il Nobel ricevuto nel 2010, leggere e scrivere sono fondamentali nella nostra ricerca per una condizione migliore: «Inventiamo storie per poter vivere in qualche modo le molte vite che vorremmo avere quando invece ne abbiamo a disposizione una sola»。Concetto che viene ripetuto spesso nel corso della lettura, come nella citazione riportata in uno dei saggi più belli del libro, Il Sé creativo, del critico Arnold Weinstein, per il quale la funzione dell’arte consiste proprio in una «immersione indiretta nella vita degli altri», sulla forza inesauribile della lettura come «estensione dell’immaginazione» come nel caso di Susan Sontag, e più in generale sulla inevitabilità, anche per i migliori (anzi, soprattutto), di far incominciare tutta l’arte sempre derivandola da qualcos’altro di già esistente。Nel saggio Il fiume della coscienza, il confronto si apre ad autori come Jorge Luis Borges, David Hume e Henri Bergson。 Il flusso di pensieri che costituisce il corso della coscienza stessa è paragonato al medesimo delle immagini connesse da un tema di fondo nel cinema (come abbiamo già accennato in precedenza), le quali opportunamente integrate dalla prospettiva particolare del regista e dalla sua griglia di valori, costituisce la metafora perfetta per rappresentare la coscienza。 Bergson parla del pensiero in termini di «meccanismo cinematografico», intendendo per cinematografia la disposizione della mente a connettere in fotogrammi connessi tra loro il flusso percettivo ininterrotto che la caratterizza。 La realtà è, per analogia, come il cinema。 La frammentiamo, come il tempo (impossibile non pensare alla celebre opera del filosofo francese Gilles Deleuze, L’immagine-movimento, pubblicata per Einaudi, dove sono espliciti i riferimenti a Bergson per avere coniato l’espressione «illusione cinematografica», e averla legata alla concezione moderna di movimento), allo stesso modo di una cinepresa, in fotogrammi discreti che poi riassembliamo in un flusso continuo。La coscienza è perennemente in attività e seleziona i suoi materiali, ma è sempre contrassegnata da una individualità e identità specifica (può essere utile rileggere su questo tema Il codice dell’anima di James Hilman, Adelphi 1997), oltre al «fascio di percezioni» di cui sarebbe costituito il nostro Io di humeana memoria, con Proust possiamo affermare che siamo costituiti da una «raccolta di momenti»。Nel nostro cervello vi sono 100 miliardi di neuroni e ciascuno dei quali con almeno un migliaio di connessioni sinaptiche, la selezione di queste «coalizioni neuronali» avviene in frazioni di secondo: «il fiume della coscienza» può essere letto come una dichiarazione testamentaria sulle infinite possibilità della mente e della immaginazione creatrice。https://www。sulromanzo。it/blog/il-fiu。。。 。。。more

Liam Halford

Oliver Sacks again with some fascinating content。In all honesty I don't know how to succinctly sum up this book。 Very interesting stuff talking about the history of science and how it is anything but linear (there's been numerous times when science has regressed and remained so for hundreds of years due to a dodgy theorem。。。 Looking at you Flat Earthers of the middle ages)。 Also discussed cool things about how memory works, consciousness, whether worms have consciousness and other funky things。 Oliver Sacks again with some fascinating content。In all honesty I don't know how to succinctly sum up this book。 Very interesting stuff talking about the history of science and how it is anything but linear (there's been numerous times when science has regressed and remained so for hundreds of years due to a dodgy theorem。。。 Looking at you Flat Earthers of the middle ages)。 Also discussed cool things about how memory works, consciousness, whether worms have consciousness and other funky things。 。。。more

Winda

A thought-provoking read。 The author's passion for science and medicine shines through his words。。。 I never thought they could be presented this way。I never knew that bees can't see red colour (useful tip), that plant's genome is greater than our own, that people with parkinsonism don't usually realise their slow movement, or that octupus can make a good pet 。。。 Really, we learn so we can sharpen the lens through which we see the world! So that every step we take, every sigh with see, has greate A thought-provoking read。 The author's passion for science and medicine shines through his words。。。 I never thought they could be presented this way。I never knew that bees can't see red colour (useful tip), that plant's genome is greater than our own, that people with parkinsonism don't usually realise their slow movement, or that octupus can make a good pet 。。。 Really, we learn so we can sharpen the lens through which we see the world! So that every step we take, every sigh with see, has greater meaning。The book also challenged me to rethink my understanding of time, of plagiarism, of destiny, of creativity, and unique realities/paradigms。 To not take existing dogma/assumptions/theories for granted。 Through this book, I also learned more about Darwin, Freud, Einstein。。。 - the great minds of science。 Not just their work, but perhaps also their values and character。This book is a powerful example that we can indeed combine art(literature) and science。。。and you know what? It was written on a deathbed, by an 81yo clinician with cancer。Fair warning: not an easy read! 。。。more

Nat

I'm surprised this book is rated so highly。 I found it to be mostly just the author quoting his previous works, so the whole book seemed unnecessary。 It also doesn't have any new or particularly complicated ideas in it。 I'm surprised this book is rated so highly。 I found it to be mostly just the author quoting his previous works, so the whole book seemed unnecessary。 It also doesn't have any new or particularly complicated ideas in it。 。。。more

Fernando Olea

A final reflection on his works, a collection of his final thoughts, a last goodbye to our dear Dr。 Sacks。

Alejandro Morales

Una manera distinta de conocer a la mente, las ideas, la percepción y la ciencia。 Escrito con un idioma claro y digerible。

Andreea Toader

A must read in my opinion!

Luz Falcon

Me encantó, la manera en como redacta cada uno de los hechos es maravillosa

S G Akshaykumar

The River of Consciousness by Oliver Sacks was good but not as brilliant as Sapolsky in my opinion。 The essays about memory and especially a very short essay on mishearings was the highlight for me。 The book is a good introduction to the works of Oliver Sacks。

ReadBecca

Though this is Sacks final work, it seems like a decent place to start, as it is mainly a short, high level overview of what we would consider consciousness and the workings of the brain related to it。 He works up from the earliest topics of Darwin's initial impressions that led to understanding evolution, then the understanding of sentience differentiating humans from animals, and finally on memory contributing to who we are。 There is a wonderful framing to all of this that historically a lot o Though this is Sacks final work, it seems like a decent place to start, as it is mainly a short, high level overview of what we would consider consciousness and the workings of the brain related to it。 He works up from the earliest topics of Darwin's initial impressions that led to understanding evolution, then the understanding of sentience differentiating humans from animals, and finally on memory contributing to who we are。 There is a wonderful framing to all of this that historically a lot of ways of understanding consciousness are flawed because of how ethnocentric they are, treating anything that may not work within a particularly human norm had been viewed as not having similar consciousness。 Then on the flip side, he talks a lot about how faulty our norms actually are。 I think in other books he digs more in depth on very specific topics of brain malfunction, so for me this book ended up being perfect to get this overview before I've picked up his other popular works。 I did feel like this perhaps could have been working toward looking at the topic of singularity and transhumanism, but was cut short, at least that seemed like the natural progression of what was being laid out to me。 。。。more

Camilla

Oliver Sacks' books are wonderful, ideal for COVID-laden times when you cannot go out, have time to think and contemplate, and need to travel somewhere deep and yet familiar。 The River of Consciousness left me almost in a trance, as it touches so many fascinating themes and brings light and focus to areas which are challenging to approach。 It situates science in some of its historical and human contexts, and delves into theories of mind, consciousness, memory and perception and their relationshi Oliver Sacks' books are wonderful, ideal for COVID-laden times when you cannot go out, have time to think and contemplate, and need to travel somewhere deep and yet familiar。 The River of Consciousness left me almost in a trance, as it touches so many fascinating themes and brings light and focus to areas which are challenging to approach。 It situates science in some of its historical and human contexts, and delves into theories of mind, consciousness, memory and perception and their relationships to biology, chemistry and physics。 He makes mention of his previous works when he touches on their themes, but you don't need to have read his other works to appreciate this one。 。。。more

Jaantony

anche le piante hanno una coscienza

Santa Suna

An excellent introduction to Oliver Sacks。

William Windham

Great book, sort of a series of anecdotes (classic sacks style) but on broader topics than just cases。 Definitely recommend if you like sacks。 He also references books and writings from his entire life that affected him greatly, which I thought was fantastic and learned a lot about Darwin, Freud, and other scientific and non-scientific influences。

Ryan Munger

An interesting quick read of thought provoking essays。

Andy

fascinating series of essays across neurology, psychology, history of science and moregreat introduction to the mind and thoughts of Oliver SacksRegardless of the subject - what comes across is his depth of knowledge and his endless, endless curiosity

Burton Kroes

Made it roughly a third of the way through via audiobook。 Very strong, it got away from me, though。 Might revisit at a later time。

Elena Lomova

Написала подробный отзыв https://blog。elenalomova。ru/The-River。。。 Написала подробный отзыв https://blog。elenalomova。ru/The-River。。。 。。。more

Ian Lea

A collection of stuff mostly previously printed elsewhere。 Fine, but better to read his truly original works。

Maria Stefania Ionel

”ne-am pricopsit cu o memorie care este supusă greșelii, fragilă și imperfectă - dar care are și o mare flexibilitate și creativitate。 [。。。] Ne permite să vedem și să auzim cu alți ochi și alte urechi, să intrăm în alte minți, să asimilăm arta, știința și religia întregii culturi, să pătrundem în ea și să contribuim la mintea umană, la cunoștințele comune。 Amintirea se naște nu numai din exeriență, ci și din raporturile dintre multe minți。” (p。 106)”ne păcălim singuri dacă ne imaginăm că putem f ”ne-am pricopsit cu o memorie care este supusă greșelii, fragilă și imperfectă - dar care are și o mare flexibilitate și creativitate。 [。。。] Ne permite să vedem și să auzim cu alți ochi și alte urechi, să intrăm în alte minți, să asimilăm arta, știința și religia întregii culturi, să pătrundem în ea și să contribuim la mintea umană, la cunoștințele comune。 Amintirea se naște nu numai din exeriență, ci și din raporturile dintre multe minți。” (p。 106)”ne păcălim singuri dacă ne imaginăm că putem fi vreodată observatori pasivi, imparțiali。 Fiecare percepție, fiecare scenă este formată de noi, fie că intenționăm sau o știm, fie că nu。 Suntem regizorii filmului nostru - dar suntem și subiecții lui: fiecare cadru, fiecare moment, suntem noi, suntem ale noastre。 ” (p。 154)”Ideile, întocmai ca ființele vii, se nasc și înfloresc, se dozvoltă în diverse direcții sau eșuează și dispar, în moduri total impredictibile。” (p。 180) 。。。more

Elsa Rraqi

a display of the multilayered nature of humans & all the beauty & the unknown that comes with it。 a testament of the great human that oliver sacks was。

Václav

Good for physiologists and medical doctors for different ways of looking at their work。 It's a calm way of looking back on the history of these fields and one unique career。 Not without relevance to current discoveries and paradigms! Especially the last chapter。 Good for long winter evenings :)(I you don't know, Oliver Sacks was the doctor from the movie Awakenings played by Robin Williams) Good for physiologists and medical doctors for different ways of looking at their work。 It's a calm way of looking back on the history of these fields and one unique career。 Not without relevance to current discoveries and paradigms! Especially the last chapter。 Good for long winter evenings :)(I you don't know, Oliver Sacks was the doctor from the movie Awakenings played by Robin Williams) 。。。more

Staci

Definitely a Sacks deep cut, but if you've read his other books you'll enjoy how this one ties threads of them all together。 Definitely a Sacks deep cut, but if you've read his other books you'll enjoy how this one ties threads of them all together。 。。。more

Isaac Kwiatkowski

The collection wasn't necessarily gripping all the way through, but there were some excellent essays。 One moment that will always stick with me was when I was reading the part about how our brains group events which are close together (i。e。 the impact of raindrops) into the same moment of perception, thus making them appear simultaneous。 I was sitting in a work truck on break and it happened to be raining as I was reading, so I watched a puddle for a few minutes and was awe-struck to see that th The collection wasn't necessarily gripping all the way through, but there were some excellent essays。 One moment that will always stick with me was when I was reading the part about how our brains group events which are close together (i。e。 the impact of raindrops) into the same moment of perception, thus making them appear simultaneous。 I was sitting in a work truck on break and it happened to be raining as I was reading, so I watched a puddle for a few minutes and was awe-struck to see that the drops appeared to hit the water in groups of three to seven, experiencing an immediate confirmation of Sacks' theory。 。。。more

Lucian A。

Absolutely fantastic work。It describes clearly some complex neurological aspects of consciousness。 In my opinion, the book addresses a larger problem, the core of epistemology from the perspective of human consciousness。 It goes from perceptions (hearing, seeing, feeling) to more subtle aspects of human thought (memory) in an eclectic journey about consciousness。 It is a great lecture both for people interested in neuroscience in particular as well as for those interested in the more philosophic Absolutely fantastic work。It describes clearly some complex neurological aspects of consciousness。 In my opinion, the book addresses a larger problem, the core of epistemology from the perspective of human consciousness。 It goes from perceptions (hearing, seeing, feeling) to more subtle aspects of human thought (memory) in an eclectic journey about consciousness。 It is a great lecture both for people interested in neuroscience in particular as well as for those interested in the more philosophical aspects of thought。 Personal note: I consider it a very good lecture also for specialists in the field of machine learning as the insightful description of the complexity of the human brain can inspire the transformation of machine learning algorithms (especially the chapters about visual perception)。 。。。more

booksandmotorcycles

O carte foarte bine scrisă și foarte bine documentata, care ar trebui sa nu lipsească din biblioteca。 Sacks nu a fost doar un medic neurolog, ci o minte luminata。